domingo, 12 de setembro de 2010

CONVERSANDO SOBRE PEDAGOGIA DE PROJETO


CONVERSANDO SOBRE PEDAGOGIA DE PROJETO
Noly Oliveira[1]

Com a Pedagogia de Projetos busca-se beneficiar aos educandos de forma a possibiliatr-lhes a desenvolver estratégias de organização dos seus conhecimentos escolares quanto ao tratamento dispensado a informação, a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas para ele sugeridos ou elaborarem que facilitem a construção de novos conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio.
Assim objetiva-se valorizar a participação da relação educador-educando e do processo ensino-aprendizagem, destaca-se que a Escola e as práticas educativas detém papel fundamental no sistema de concepções e valores culturais que fazem com que determinadas propostas tenham êxito quando se 'conectam' com alguma das necessidades sociais e educativas (HERNANDEZ, 1998, p.66).
Demo (1999) afirma que acredita no educador e que no "perfil do professor moderno [...], pois precisa aprender a pesquisar, porque é a pesquisa que lhe define o exercício profissional"l e que devemos "educar pela pesquisa", criando […] alternativas para aprendizagem mais reconstrutiva e caminhos mais seguros de caráter emancipatório. (DEMO, 1999, p.182-184).
Para tal é importante destacar que o educando será co-autor ou autor de projetos. Cabendo a ele planejar, executar, refinar, apresentar, expor e avaliar conjuntamente com os colegas e com o professor, realizando um compromisso, também político, com aprendizagens adequadas aos alunos tendo por conseqüência à aprendizagem do professor.
Ainda segundo Demo “o compromisso político com o aprimoramento da aprendizagem dos alunos permanece, enquanto que [...] a fundamentação teórica é essencial, mas sempre instrumental apenas. [...] Para que o aluno aprenda bem, é imprescindível que o professor continue aprendendo bem, na posição de ‘eterno aprendiz’”. (DEMO, 2006 p. 8-9).
Nesse novo papel, a escola se constitui como um espaço no qual alunos e professores podem conquistar maior autonomia para desenvolver o ensino e a aprendizagem em colaboração mútua. O educando aprende via esta metodologia o "processo de levantar dúvidas, pesquisar e criar relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento" (PRADO, 2005 p. 13).
Esse despertar dá-se por provocações, rupturas e desequilíbrios constituída por novas situações, "a partir das constantes interações com o meio social em que vive" (REGO, 1995, p. 60-61). Para tal, busca-se a fusão do trabalho sistemático, dos conceitos científicos pré-estabelecidos, com o trabalho construído segundo a observação e manipulação direta dos dados.
Estudos demonstram que os educandos, ainda que encontrem conhecimentos prontas e acabadas disponíveis na Internet e em livros acabam por descobrir que a ciência é dinâmica e aprendem a utilizar etapas  metodologias para levantar idéias, propor soluções, compartilhar informações, relacionar itens significativos, enfim, demonstrar como concluíram as proposições levantadas.
Os educnados majoritariamente se envolvem nas atividades educativas e se comprometem mais, motivados pelo buscar, interagir, relacionar, questionar sobretudo quando a temática aproxima-se do que vivenciam. Neste sentido, ao educador cabe a cumplicidade, a orientação, a mediação nos mais diversos momentos durante as aulas, efetuando através dos diálogos, discussões e apresentações de idéias para consensualmente chegar-se ao tema central e efetuar a execução dos trabalhos propostos.
Desta forma os alunos certamente se tornarão motivados a realizar algo significativo para os mesmos e dentro da realidade que vivenciam, pois partindo para uma ação concreta, dar-se-á um novo sentido ao processo de aprender e de ensinar.




[1] Educadora Social, Historiadora, Especialista em História e Cultura Afro-brasileira, Consultora em Metodologia Cientifica e Coord. de Turma PSCL. E-mail: noly.oliveira@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário