Dinâmica entre permanência e ruptura na educação
A
escola é o espaço onde os educandos aprendem e apreendem de forma sistemática
os conteúdos, da mesma forma que também serve para que os mesmos possam conviver
sem preconceito, aceitando a pluralidade sociocultural, perfazendo-se atores
críticos da práxis educativa e da cidadania, convivendo com toda a comunidade
escolar de forma igual e elemento transformador do educador e sua práxis.
As
novas tecnologias e metodologias agregam-se no cotidiano escolar e paradigmas emergentes ou inovadores surgem, porém
sem diminuir o isolamento da escola em relação à realidade de cada educando que
se sentem, não raro, desmotivados e amedrontados pela reprovação, num local em
que as necessidades individuais de aprendizagem não são atendidas e o que lhes
ensinam não há atratividade, afetividade ou significância alguma.
Uma
observação minuciosa e uma escuta, podem detectar a real problemática, nascente da compreensão do processo da aprendizagem e diferença humana
notando-a naturalmente sem o olhar excludente.
Através de estudos efetuados por inúmeros autores nota-se que historicamente,
a educação, o conceito desta e do processo de ensino-aprendizagem sofreu
modificações oscilando constituição de seus fins ao sabor das transformações
das classes sociais dominantes, negando a grande maioria da população acesso
adquirido por direito e reafirmado constitucionalmente.
Depreende-se também
que o trabalho docente tem sido inserido no mundo da produção capitalista,
produzindo valores de uso e troca com desdobramentos que tangem a opção por
métodos, técnicas, adaptações, transposições, sua identidade, responsabilidade
e compromisso social, seja em ambiente virtual ou real. Em que se pese os
fatores da alienação, nota-se que as formas de organização e gestão de trabalho
dos educadores para o exercício profissional tem se transformado, permanecendo constante, porém, o descaso para com o profissional da educação que ainda é mal compreendido em suas necessidades pessoas e profissioais.
A educação também barganha, faz política e serve a interesses. Mas será que a favor dela própria, dos educandos, dos educadores, da pequena minória burguesa-capitalista que usa vestes de poder público? Afinal a quem esta atende de fato?
A dinâmica entre
permanência e ruptura, explicita pela confluência das novas exigências da
valorização dos profissionais num cenário de desgaste e conflito, exigem de
toda a sociedade uma revisão urgente de todo o âmbito que envolve o fazer
educacional. Sobretudo de nós educadores.
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