terça-feira, 29 de maio de 2012

Dinâmica entre permanência e ruptura na educação


A escola é o espaço onde os educandos aprendem e apreendem de forma sistemática os conteúdos, da mesma forma que também serve para que os mesmos possam conviver sem preconceito, aceitando a pluralidade sociocultural, perfazendo-se atores críticos da práxis educativa e da cidadania, convivendo com toda a comunidade escolar de forma igual e elemento transformador do educador e sua práxis.

As novas tecnologias e metodologias agregam-se no cotidiano escolar e paradigmas emergentes ou inovadores surgem, porém sem diminuir o isolamento da escola em relação à realidade de cada educando que se sentem, não raro, desmotivados e amedrontados pela reprovação, num local em que as necessidades individuais de aprendizagem não são atendidas e o que lhes ensinam não há atratividade, afetividade ou significância alguma.

Uma observação minuciosa e uma escuta, podem detectar a real problemática, nascente da compreensão do processo da aprendizagem e diferença humana notando-a naturalmente sem o olhar excludente.

Através de estudos efetuados por inúmeros autores nota-se que historicamente, a educação, o conceito desta e do processo de ensino-aprendizagem sofreu modificações oscilando constituição de seus fins ao sabor das transformações das classes sociais dominantes, negando a grande maioria da população acesso adquirido por direito e reafirmado constitucionalmente.

Depreende-se também que o trabalho docente tem sido inserido no mundo da produção capitalista, produzindo valores de uso e troca com desdobramentos que tangem a opção por métodos, técnicas, adaptações, transposições, sua identidade, responsabilidade e compromisso social, seja em ambiente virtual ou real. Em que se pese os fatores da alienação, nota-se que as formas de organização e gestão de trabalho dos educadores para o exercício profissional tem se transformado, permanecendo constante, porém, o descaso para com o profissional da educação que ainda é mal compreendido em suas necessidades pessoas e profissioais. 

A educação também barganha, faz política e serve a interesses. Mas será que a favor dela própria, dos educandos, dos educadores, da pequena minória burguesa-capitalista que usa vestes de poder público? Afinal a quem esta atende de fato?

A dinâmica entre permanência e ruptura, explicita pela confluência das novas exigências da valorização dos profissionais num cenário de desgaste e conflito, exigem de toda a sociedade uma revisão urgente de todo o âmbito que envolve o fazer educacional. Sobretudo de nós educadores.

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